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Muitas são as palavras já ditas, muitos são os pensamentos já pensados...mas todos temos o direito de concordar com as palavras exaustivamente ditas e com o que já foi pensado. Eu não Sou, eu apenas Estou...sei que não vim a passeio e já sei para onde vou, e você? Quem nunca elegeu uma música como a música da sua vida? Quem nunca tomou como suas as palavras de um poema, poesia ou pensamento? Quem nunca se identificou com uma imagem qualquer como se fosse um retrato da sua própria vida? Pois aqui reunirei não apenas uma, mas várias letras de músicas que fizeram e fazem parte da minha vida, poemas, poesias e pensamentos que fizeram e ainda fazem a minha cabeça e traduzirei, em imagens, os meus sentimentos diante de tudo...assim como também ousarei dizer com minhas próprias palavras o que penso e o que acredito, pois já não sou mais uma caloura nas salas de aula desta Vida.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Correndo com Lobos...(Parte III)


"Quando as mulheres reafirmam seu relacionamento com a natureza selvagem, elas recebem o dom de dispor de uma observadora interna permanente, uma sábia, uma visionária, um oráculo, uma inspiradora, uma intuitiva, uma criadora, uma inventora e uma ouvinte que guia, sugere e estimula uma vida vibrante nos mundos interior e exterior.


Quando as mulheres estão com a mulher Selvagem, a realidade desse relacionamento transparece nelas. Não importa o que aconteça, essa instrutora, mãe e mentora selvagem dá sustentação as suas vidas interior e exterior.(...)o termo selvagem neste contexto não é usado em seu atual sentido pejorativo de algo fora de controle, mas em seu sentido original, de viver uma vida natural, uma vida em que a criatura tenha uma integridade inata e limites saudáveis.



Quando são cortados os vínculos de uma mulher com sua fonte de origem, ela fica esterilizada, e seus instintos e ciclos naturais são perdidos, em virtude de uma subordinação à cultura, ao intelecto ou ao ego - dela própria ou de outros. A mulher selvagem é a saúde para todas as mulheres. Sem ela, a psicologia feminina não faz sentido. essa mulher não-domesticada é o protótipo de mulher...não importa a cultura, a época, a política, ela é sempre a mesma.



Seus ciclos mudam, suas representações simbólicas mudam, mas na sua essência ela não muda. Ela é o que é; e é um ser inteiro. (...)Felizmente, por mais que seja humilhada, ela sempre volta à posição natural. Por mais que seja proibida, silenciada, podada, enfraquecida, torturada, rotulada de perigosa, louca e de ouros depreciativos, ela volta à superfície nas mulheres, de tal forma que mesmo a mulher mais tranquila, mais contida, guarda um canto secreto para a Mulher Selvagem.


Mesmo a mulher mau reprimida tem uma vida secreta, com pensamentos e sentimentos ocultos que são exuberantes e selvagens, ou seja, naturais. Mesmo a mulher presa com a máxima segurança reserva um lugar para o seu self selvagem, pois ela intuitivamente sabe que um dia haverá uma saída, uma abertura, uma oportunidade, e ela poderá escapar."


por Clarissa Pinkolas em Mulheres que Correm com Lobos

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